Porque a missão tem que seguir enquanto houver vida...

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Missões na Europa?



Há ainda quem pense que obras missionárias devem ser investidas somente em locais onde exista muita pobreza e declarada perseguição religiosa e não onde se faça necessário o conhecimento real de Cristo.
Desde que pensei em abraçar o projeto de viagem missionária para a Europa, questionei inúmeras vezes a relevância dessa missão para o evangelho, por isso, passei então a buscar em diversas fontes o cenário evagelístico do continente europeu e o que encontrei me deixou ainda mais convicta da importância de se pregar o evangelho nessa região. 
De acordo com dados lançados em 2011 pela JMM (Junta de Missões Mundiais) embora a europa ainda seja o continente com maior número de adeptos ao cristianismo a tendencia de seu crescimento anual é de 0,18% enquanto na África é de 2,61% e Ásia 2,32% e de acordo com a CIBI (Convenção das Igrejas Batistas Independentes), o declínio do evangelho tem sido tão evidente que em importantes países do continente pode-se observar igrejas cristãs que se tornaram casas noturnas e bares, "numa delas o púlpito foi mantido, sendo agora usado como apoio para o DJ." Até mesmo o papa se pronunciou em 2010 dizendo que o evangelho se tornou contracultura na Europa.
Como se já não bastasse o aumento do número de ateus, há um crescimento alarmante do islamismo em toda a Europa, onde já podemos observar povos nessas regiões que ainda não foram alcançados (fonte: joshuaproject.org).
Não podemos desprezar que as igrejas mais difundidas nessas localidades são históricas, com modelos pouco adaptados e correspondentes a sociedade atual que valoriza o conhecimento, a relatividade e a liberdade. Me parece que a maioria das denominações estão presas a discussões dogmáticas tentando preservar aquilo que chamam de essência, enquanto bilhões de pessoas esperam famintas por algo que lhes saciem o vazio espiritual. A igreja parece pouco aproveitar o avanço tecnológico e cientifico para fundamentar sua fé - ora, sei que fé é fé, mas isso não quer dizer que o conhecimento não poderá nos ajudar em muitos aspectos - ela prefere tratar o conhecimento como inimigo ou utilizar esse conhecimento pra montar clubinhos teológicos que não possuem nenhuma perspectiva evangelística, assim praticamente zeram as possibilidades de comunicação da redenção com o mundo secular que nesse contexto carrega consigo uma forte bagagem histórico-socialista. Falo isso não sem fundamento, mas tendo como base relatos de amigos que moram ou já moraram por muito tempo em países europeus e narraram essa triste situação. Para quem não tem esse tipo de contato, basta fazer uma pesquisa no Google que logo encontrará as tristes histórias de missionários que sofrem com as dificuldades em levar os europeus à compreensão da salvação.



A ausência de esperança na Europa é tão grande que atualmente morrem mais pessoas por suicídio do que por AIDS e acidentes de trabalho. Estima-se que entre 10 e 20 milhões de europeus tentam suicídio a cada ano, sendo que 20% deles corresponde a jovens com idades entre 14 e 24 anos.

Indo por essa linha de raciocínio, podemos considerar que as novas gerações estão cada vez mais distantes do evangelho e da figura de Cristo como aquele que alcança povos por meio da graça e não meramente por padrões religiosos mantidos pela tradição. Entendo biblicamente que igreja é (ou deve ser) em primeiro lugar a união entre aqueles que buscam a Cristo se santificando e sendo justificados pela graça que se manifesta em multiformas para o enaltecimento de Deus, e por isso, eu sinceramente questiono a qualidade do evangelho nesses locais, pois quando o comparamos com países majoritariamente muçulmanos costumamos dizer que apenas o último não é alcançado, mas qual será a figura de Cristo transmitida na Europa? Entendo que religiões cristãs que enfatizam apenas a morte de Cristo e não sua ressurreição não estão cumprindo a tarefa que Jesus nos empregou e, é justamente desse cristianismo o maior número de adeptos no continente.

Creio que deve ser levado em conta que praticamente não encontramos nenhum relato de modelos que estejam substituindo o da igreja habitual (igreja institucional), acho preocupante não encontrar missões aplicadas a "inovar" o modelo de pregação do evangelho, a fim de alcançar essa geração que parace acreditar que a espiritualidade é algo totalmente dispensável. Entendo que podemos inovar sem alterar as bases fixas que fundamentam o evangelho. Vejo que precisamos de missionários urgentemente no continente europeu, missionários que encontrem maneiras criativas de evangelizar ao povo e que não tenha medo de adentrar no mundo para encontrar pérolas da graça comum* e utilizá-las como ferramentas missionárias. 

Precisamos de oração, precisamos de ação!

Se você quer saber mais sobre a Europa os vídeos abaixo confeccionados pela JMM, possuem muitos dados relevantes para o campo missionário.



Obs.: os vídeos acima promovem campanha financeira que não possui nenhuma ligação com este blog.


*Graça Comum: pode ser entendida como características de Deus disponíveis a todos os seres humanos independente de serem salvos ou não, é uma espécie de vestígio da obra original da criação do homem onde naturalmente, mesmo sem fixa intenção, revela Deus aos outros homens. Ex.: um cantor tido como secular, mesmo não tendo fé em Deus pode compor uma canção que ressalte aspectos da vida tal qual como foi projetada por Deus e descrita na bíblia.

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